Em todas as consultas eu recebo questionamentos e dúvidas sobre diversos temas. Como esta semana comemoramos o Dia Mundial do Alzheimer e tenho muitos pacientes idosos, resolvi esclarecer alguns pontos sobre a doença e sua relação com as doenças crônicas.

Como identificar a Doença de Alzheimer?

Bem, a princípio é preciso entender o que é Alzheimer. A doença é um transtorno neurodegenerativo progressivo e fatal que se manifesta pela deterioração cognitiva e da memória. Ou seja, essa deterioração causa um comprometimento gradativo das atividades de vida diária e até mesmo mudanças comportamentais.

Desafios no surgimento dos sintomas da Doença de Alzheimer.

Os sintomas do Alzheimer vão se desenvolvendo de maneira gradual e de forma sútil, na maioria dos casos. Por sua vez, o sintoma mais perceptível é o esquecimento de eventos recentes, porque a formação de novas memórias é difícil. Por exemplo, no começo da doença, alguns pacientes têm capacidade reduzida, costumam utilizar palavras mais simples e podem não ser capazes de encontrar a palavra certa.

Um sintoma frequente também é a insônia. Além disso, as pessoas ficam confusas sobre o dia e a noite. Em algum momento, em muitas pessoas com doença de Alzheimer, ocorre o desenvolvimento de psicose (alucinações, delírios ou paranoia).

Como funcionam os cuidados das pessoas com Alzheimer?

Os cuidados em tempo integral são essenciais para todas as pessoas com Alzheimer. Enfermeiras, cuidadores, familiares, terapeutas, todos os profissionais envolvidos podem e devem desenvolver um ambiente agradável, com exercícios cognitivos e que estimulem qualidade de vida aos pacientes.

Qual a relação do Alzheimer com doenças crônicas e como prevenir?

É importante reforçar alguns cuidados para evitar a combinação perigosa do Alzheimer com as doenças crônicas. Existem pesquisas, por exemplo, que sugerem a relação da doença com os níveis elevados de colesterol. Sendo assim, as pessoas podem se beneficiar de uma dieta baixa em gorduras saturadas para diminuir o colesterol e outras gorduras, bem como do uso de medicamentos quando indicado.

Existe ainda associação entre Doença de Alzheimer e Diabetes. Ultimamente, muitas pesquisas têm comprovado que pacientes diabéticos correm risco 50% maior de desenvolver a doença de Alzheimer, comparado a pacientes não diabéticos. Nos mesmos estudos, foi constatado que os pacientes apresentam resistência à insulina precedente às duas doenças. A boa notícia é que tratar e cuidar do diabetes parece amenizar a progressão e os sintomas do Alzheimer.

Controlar a pressão sanguínea alta também é essencial. A pressão sanguínea alta pode danificar os vasos sanguíneos que transportam o sangue para o cérebro, interrompendo as conexões entre as células nervosas.

Mantenha-se ativo, faça exercícios e preserve sua saúde!

Eu digo e repito sempre, a saúde tem relação com diversos pilares e a prática de exercícios é um fator determinante. Ela ajuda a melhorar a função do coração e o funcionamento do cérebro.

Outro ponto são as atividades que desafiam a mente, por exemplo: fazer palavras cruzadas, leitura do jornal e joguinhos lúdicos. Essas atividades podem promover o desenvolvimento de novas conexões entre as células nervosas, ajudando assim o cognitivo. Viu como está tudo conectado? Prevenir e controlar uma doença significa amenizar diversos outros riscos. Se cuide!

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