O final de ano já chegou e sabemos que nessa época muitas pessoas exageram no consumo de bebidas alcóolicas. Então, resolvi trazer um tema bem relevante para vocês, a esteatose hepática, que é nada mais nada menos do que gordura no fígado. Vamos conhece-la melhor?

A esteatose hepática é um distúrbio, cada dia mais comum, que se caracteriza por acúmulo de gordura no interior das células do fígado.

Como identificar a esteatose hepática?

A gordura no fígado não é tão simples quanto parece. O aumento dessa gordura dentro dos hepatócitos pode ser muito prejudicial para sua saúde. Ao longo do tempo, se não tratada, ela pode provocar uma inflamação capaz de evoluir para quadros graves, como por exemplo cirrose hepática, hepatite gordurosa e câncer. 

Quais são as causas da esteatose hepática?

Muitos pacientes costumam me questionar “Dra. Ana Luiza, quais são as principais causas da gordura no fígado? Devo me privar da bebida sempre?” Então, tudo é questão de quantidade e da rotina que você adota para sua saúde.

A esteatose hepática pode ser classificada em alcoólica ou não. Existem outros fatores, como por exemplo, o sobrepeso, diabetes, má nutrição, cirurgias, sedentarismo, perda brusca de peso, além da gravidez, que são fatores de risco para o aparecimento da esteatose hepática gordurosa não alcoólica.

É importante lembrar que, algumas doenças como a pressão alta, resistência à insulina, níveis elevados de colesterol e triglicérides, além da obesidade tem ligação direta com o excesso de gordura no fígado. Por isso, devemos monitorar a saúde de forma geral, sempre.

Como é possível reconhecer os sintomas da esteatose hepática?

A gordura no fígado pode ser silenciosa em muitos casos. Os sintomas de fato aparecem quando surgem as complicações da doença. Ou seja, no início, as queixas são inespecíficas, com sintomas gerais como dor, cansaço, a falta de apetite e o crescimento do fígado.

Nos casos avançados, que são caracterizados por inflamação e fibrose que resultam em insuficiência hepática, os sintomas mais frequentes são a encefalopatia e confusão mental, hemorragias, queda no número de plaquetas e icterícia.

O melhor tratamento é a prevenção!

Como qualquer doença e complicação na saúde, o diagnóstico precoce e a prevenção são fundamentais. O diagnóstico da esteatose hepática gordurosa não alcoólica é feito por meio de exames de rotina laboratoriais ou de imagem.

Não existe um tratamento específico para o fígado com excesso de gordura. Mas, devemos lembrar que a doença tem cura, e ela se baseia no estilo de vida saudável, com prática regulares de exercícios e com uma alimentação equilibrada levando a perdas de 5-10% do peso inicial.

Lembre-se de cuidar bem da alimentação. Em especial, as dietas restritivas podem piorar o quadro. Para alguns pacientes, medicamentos para resistência a insulina ou que atuem na perda de peso podem ser necessários.

É importante não esquecer de evitar o consumo de álcool e em qualquer sintoma ou dúvida consultar o seu endocrinologista de confiança.