A obesidade infantil é considerada um dos maiores problemas de saúde pública pediátrica no mundo e segundo a OMS, em 2025, o número de crianças obesas ao redor do mundo pode chegar a 75 milhões. 

Além dos problemas psicológicos e de mobilidade que a obesidade pode gerar, o excesso de peso também produz outros riscos para a saúde. 

Uma matéria publicada no G1 traz a triste notícia de que o Brasil é o 3º país com mais casos de diabetes entre crianças e adolescentes, sendo que essa questão e a má alimentação estão entre os principais fatores de risco para o desenvolvimento da doença.

Hipertensão e colesterol alto também são reflexos que poderão surgir na vida adulta. Nos últimos anos, cresceu o número de casos de infarto em jovens e o sobrepeso é um dos principais fatores de risco para essa condição.

A situação é séria e precisamos conversar sobre o assunto para cuidarmos dos nossos pequenos. Por isso, elaborei um post para falar especialmente sobre esse tema e explicar como a doença pode ser evitada, controlada e tratada. Vamos conferir? 

Quais são as causas da obesidade infantil?

Assim como no adulto, a obesidade infantil é uma condição multifatorial, ou seja, ela pode se desenvolver a partir de vários fatores. 

O principal deles é a alimentação inadequada. Vivemos em um mundo muito corrido, onde fast food e comidas prontas congeladas estão sempre presentes no nosso dia a dia. 

Da mesma forma que doces, refrigerantes e muitos outros alimentos super calóricos fazem parte da alimentação da criança de forma descontrolada. O sedentarismo também está entre as principais causas do ganho de peso, e infelizmente tem sido realidade frequente entre as crianças, que ficam cada vez mais inativas, com muito tempo de tela. 

Além disso, outros fatores que podem favorecer a doença são:

  • genética,
  • ansiedade e depressão,
  • desequilíbrio hormonal, como em caso de hipotireoidismo infantil
  • uso de medicamentos como o corticoide, alguns anticonvulsivantes e antipsicóticos. 

Como é feito o diagnóstico?

Gostaria de frisar para você que, no Brasil, os dados também são alarmantes em relação à obesidade infantil.

A estimativa do Ministério da Saúde é de que:

  • 6,4 milhões de crianças menores de 10 anos apresentam excesso de peso e 3,1 milhões delas já evoluíram para a obesidade,
  • 11 milhões de adolescentes estão acima do peso e 4,1 milhões deles são considerados obesos.

O diagnóstico da doença não se baseia apenas no Índice de Massa Corporal (IMC), como acontece com os adultos. 

Como é preciso considerar idade, gênero, a fase do crescimento e entre outros detalhes, esse diagnóstico obedece a curvas específicas e deve ser realizado pelo pediatra.

Também são realizados exames laboratoriais complementares para uma avaliação mais segura de causas hormonais e de doenças associadas. 

Como é tratada a obesidade infantil?

Tratar a obesidade infantil é complexo pois significa abordar cada pilar que contribui com a doença. 

Se o excesso de peso for consequência de hábitos alimentares ruins e sedentarismo, a orientação será uma dieta equilibrada, com restrição calórica, acompanhada por nutricionista e atividade física. É muito importante que a família inteira se engaje no tratamento, acompanhe a criança na mesma alimentação e sendo mais ativa. A criança deve ser incluída em um ambiente familiar acolhedor que a incentive a mudar os hábitos mudando em conjunto. 

Caso a doença esteja relacionada à ansiedade, compulsão ou quadros psicológicos, além da dieta e dos exercícios, será essencial o acompanhamento terapêutico do psicólogo e psiquiatra. 

Se houver contribuição de algum distúrbio hormonal, com certeza o pediatra encaminhará para um endocrinologista que orientará o tratamento adequado e fará o devido acompanhamento. 

Fato é que, independentemente da causa, a obesidade infantil precisa ser cuidada e controlada, para manter o desenvolvimento saudável e feliz da criança e do adulto.
Já que você sabe que a alimentação adequada é fundamental para a saúde e para manter o peso, que tal continuar a leitura e descobrir como aumentar o consumo de legumes?