Com base na minha experiência, em atendimentos no consultório, venho observando o aumento nos casos de pessoas com transtornos alimentares. É fato que vários aspectos estão em ênfase associados aos transtornos, como, por exemplo, a pressão da sociedade com os padrões estabelecidos de beleza, além de problemas familiares e emocionais. Para isso temos a terapia cognitivo comportamental. Vamos saber mais.

E o que são os transtornos alimentares que podem ser trantado com a terapia congnitivo comportamental?

Os transtornos alimentares são distúrbios no comportamento alimentar. Na maioria dos casos, eles têm relação com os pilares: biológico, social e psicológico. Ou seja, eles não são simples como parecem, podem causar um grande prejuízo à vida da pessoa, a longo prazo, e são potencialmente crônicos. E quais são os distúrbios alimentares mais frequentes? Resolvi listar alguns para vocês entenderem as diferenças.

Bulimia nervosa

A bulimia é um transtorno alimentar ligado à preocupação excessiva em não ganhar peso. Geralmente, as pessoas com esse transtorno comem normalmente ou em exagero e, em seguida, desenvolvem comportamentos purgativos, compensatórios, para evitar que ganhem peso, como indução de vômitos, uso de laxantes ou mesmo excesso de exercícios físicos.

Anorexia nervosa

A anorexia é um distúrbio de imagem corporal. Nessa situação a pessoa sempre se enxerga com a imagem distorcida, geralmente mais gordo do que é. Ou seja, isso acarreta um controle de peso doentio, mesmo quando a pessoa atinge um nível de massa adequado. A anorexia pode gerar inúmeros problemas de saúde que vão desde risco de osteoporose, problemas cardíacos e até a morte.

Transtorno de compulsão alimentar

As pessoas com compulsão alimentar fazem uma grande ingestão de alimentos em curtos períodos, de forma descontrolada e não intencional. Essa compulsão não costuma ser seletiva, a pessoa come de tudo. Assim, uma das maiores consequências é o aumento excessivo de peso, associado ao sentimento de culpa extrema.

O emocional tem ligação direta com a endocrinologia!

As questões emocionais, como a ansiedade e até a depressão podem contribuir severamente para o desenvolvimento de transtornos alimentares. Ou seja, nestes casos é essencial a intervenção dos profissionais da psicologia, que conseguem unir técnicas de terapia para o processo de melhoria dos transtornos.

Uma dessas técnicas é a terapia cognitivo-comportamental, mais conhecida como TCC. É uma abordagem que tem o objetivo de entender a forma como o ser humano interpreta os acontecimentos, ou seja, como aquilo afeta a pessoa. Exemplificando, a TCC entende que cada pessoa sente, pensa, reage a uma situação de forma distinta.

Mas, como a terapia cognitivo comportamental pode ajudar nos casos de transtornos alimentares?

A TCC contribui diretamente na superação do distúrbio da imagem corporal, a terapia ajuda a sanar as práticas de dietas rígidas, além de ajudar no aumento saudável do peso e ajustar todas as crenças pessoais associadas ao peso, à alimentação e à aparência física. Ou seja, a TCC compreende o transtorno alimentar de maneira global e oferece uma intervenção objetiva e orientada por metas, personalizada para cada paciente, de acordo com sua necessidade.

Saúde mental e alimentação saudável andam juntas!

Para um resultado eficaz, a intervenção é feita de modo multifatorial. Além dos atendimentos psicológicos, outros profissionais são importantes, como o nutricionista, o educador físico e o endocrinologista, que tem relação direta com a ingestão dos alimentos. É importante frisar que a intervenção junto à família também é essencial para o progresso de um paciente com transtorno alimentar. A rede de apoio faz a diferença.

Superar um transtorno não é nada fácil. Mesmo assim, com intervenções responsáveis e interdisciplinares, é possível ajudar o paciente a recuperar sua qualidade de vida. Vamos todos juntos nesse cuidar? E enaltecer todos os profissionais que se dedicam todos os dias em prol da saúde.