21 de março é o Dia Internacional da Síndrome de Down e eu não poderia deixar de trazer minha mensagem nesta data tão importante de conscientização, visibilidade e quebra de paradigmas. Pra começo de conversa, você sabia que a primeira professora com Síndrome de Down da América Latina é potiguar? Pois é! Estou falando de Débora Seabra, um orgulho para o RN e exemplo de que, quando diagnosticadas precocemente, acompanhadas e estimuladas de forma adequada, as pessoas com SD não só levam uma vida saudável, como podem [e devem] ser plenamente incluídas na sociedade.
De acordo com o último censo do IBGE, existem aproximadamente 300 mil pessoas com Síndrome de Down no Brasil. A condição, caracterizada pela trissomia do cromossomo 21, além dos aspectos genéticos individuais, reflete intercorrências clínicas, nutrição, estimulação, educação, contexto familiar, social e meio ambiente. Contudo, apesar das diferenças e particularidades, existem muitas manifestações comuns a pessoas com SD e uma delas afeta diretamente o sistema endócrino-metabólico, sendo a tireóide a glândula mais acometida.
Estima-se que de 30% a 40% das pessoas com SD desenvolvem hipotireoidismo. A causa principal é uma doença auto imune chamada tireoidite de Hashimoto. Sabe-se, por exemplo, que muitos dos sintomas da Síndrome de Down espelham os do hipotireoidismo, incluindo baixo tônus muscular, atraso no desenvolvimento, erupção dentária atrasada, pele seca, atraso cognitivo, má circulação, prisão de ventre, baixa temperatura corporal, protusão da língua, crescimento lento, entre outros. Isso pode retardar o diagnóstico do hipotireoidismo nesses pacientes e por isso o rastreio do hipotireoidismo é recomendado de rotina.
Mas hoje eu não quero me aprofundar nos aspectos clínicos. Porque a Síndrome de Down, bem como outras condições que acarretam atraso no desenvolvimento, ainda são cercadas de muitos estigmas sociais. Portanto, penso que datas como esta são importantes, sobretudo, para desmistificar e ajudar a construir uma cultura de respeito às diferenças. E a primeira lição para lidar com o diferente é entender que no mundo não existem os “normais” e “anormais”. Todos somos seres humanos de igual valor, com características diversas e direitos integrais.
A SD é um modo de estar no mundo e, além de políticas públicas que proporcionem equidade de oportunidades para que essas pessoas possam exercer plenamente seu direito ao convívio comunitário, precisamos de uma sociedade que acolha, inclua e esteja preparada para lidar com todos os tipos de deficiência. Pensando nisso, que tal aproveitar este 21 de março para aprender um pouquinho sobre como devemos nos referir às pessoas com Síndrome de Down? Me inspirei no Movimento Down e elaborei uma listinha pra gente aprender junto.
São alguns cuidados simples, mas extremamente importantes para enfrentar preconceitos e estereótipos. Curtiu? Passe essas dicas adiante e ajude a construir um mundo com mais igualdade e respeito!
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