A maioria dos pacientes não sabem o que é resistência à insulina e desconhece as consequências dela para a saúde.

Essa situação pode ser considerada o caminho para o desenvolvimento do diabetes, dentre outros males.

É uma condição que atinge principalmente os adultos, mais comum em pessoas que são obesas, sedentárias, ou que tenham história familiar.

Como ela é silenciosa e apresenta riscos à saúde, preparei um conteúdo especial para falar dela. Vamos conferir?

 

O que é resistência à insulina?

Para compreendermos o que é resistência à insulina, precisamos saber que essa substância é um hormônio produzido pelo nosso pâncreas e que tem a finalidade de transportar a glicose, que está no sangue, para o interior das células. 

Chegando lá, a glicose é usada como energia pelo nosso organismo em praticamente todos os processos de funcionamento dele. 

A resistência à insulina ou resistência insulínica, como também é chamada, é uma condição em que acontece uma dificuldade para que a insulina exerça o seu papel biológico. Ela perde a força e não consegue agir com a mesma eficiência de antes. 

Para entender como funciona, vou usar um exemplo utilizando a figura de uma gota. 

Então, imagine que normalmente é necessária uma gotinha de insulina para levar a mesma quantidade de glicose para dentro da célula. 

Quando a pessoa tem resistência, são necessárias duas ou mais gotinhas de insulina para levar a mesma quantidade de glicose de antes, o que faz com que seja preciso uma produção maior do hormônio, exigindo mais esforço por parte do pâncreas. 

 

Quais são os sintomas desse problema?

Para quem está interessado em saber o que é resistência à insulina e os sintomas dela, preciso dizer que segundo a Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, 90% dos pacientes com diabetes possuem o diabetes tipo 2.

Nesses pacientes, a insulina é produzida pelas células beta pancreáticas, no entanto, ela não consegue fazer a função de levar a glicose normalmente, porque existe um quadro de resistência insulínica.

Isso quer dizer que essa síndrome pode indicar o início de um diabetes, mas ela também pode favorecer:

  • obesidade;
  • hipertensão arterial;
  • aumento da chance de algumas neoplasias, como as de mama e intestino;
  • diminuição do colesterol bom e aumento do ruim;
  • aumento dos triglicerídeos, a gordura do sangue;
  • aumento do ácido úrico;
  • esteatose hepática;
  • síndrome dos ovários policísticos.

 

Ela é silenciosa, como falei no início da nossa conversa, por isso raramente apresenta sintomas, no entanto, quando o desequilíbrio é muito intenso, podem surgir manchas marrons na pele, geralmente na região do pescoço.

Essas manchas são chamadas Acantose Nigricans, algumas pessoas a definem como sujeiras e podem surgir também no braço ou axilas.

Nos casos em que a resistência insulínica está associada à síndrome do ovário policístico, pode ocorrer:

  • o surgimento de pelos em maior volume no rosto e corpo.
  • acnes,
  • oleosidade na pele,
  • irregularidade no ciclo menstrual.

 

A resistência à insulina tem cura?

Você já compreendeu o que é resistência à insulina, suas complicações e sintomas, e muito provavelmente está se perguntando se ela tem cura.

E a boa notícia é que ela pode ser prevenida e também curada, mas em ambos os casos a mudança de estilo de vida é fundamental.

É importante tentar ter uma dieta saudável e com baixas calorias, que ajudem o paciente a perder peso. Assim, diminuindo a gordura visceral (aquela gordura abdominal proeminente), melhoramos muito a resistência à insulina. 

A atividade física também é essencial e ajuda, por si só, a melhorar a sensibilidade à insulina. A musculação e treinos resistidos são ótimos, pois, quanto maior a quantidade de massa muscular, melhor para a insulina funcionar bem. 

Em alguns casos, o médico poderá orientar o uso de algum medicamento, como a metformina. 

Agora que você sabe o que é resistência à insulina, que tal continuar a leitura e conferir algumas dicas que preparei sobre como diminuir o açúcar para ter uma dieta saudável?