“Ah, mas eu já como pouco e não emagreço!”
Essa é clássica! Relacionar sobrepeso ou obesidade estritamente à quantidade de comida ingerida é um erro comum [quem nunca?] e não poderia ficar de fora dessa lista. Estou comentando os 7 erros mais comuns de quem busca emagrecimento e hoje vou falar um pouquinho sobre por que, quando se fala de alimentação, a qualidade é tão importante quanto a quantidade.

Em primeiro lugar, precisamos desconstruir essa ideia de que, para emagrecer, o caminho é simplesmente comer pouco. Se o pouco em quantidade estiver muito errado em qualidade, todas as privações serão em vão. Além disso, achar que algo tão complexo quanto a obesidade é pura e simplesmente uma consequência da gula é não só uma visão limitada, mas a raiz de muito do preconceito que pessoas com dificuldade para emagrecer enfrentam.

O que acontece é que você pode comer pouco e ter sobrecarga de um macronutriente em detrimento dos demais – o carboidrato, por exemplo -, situação mais comum de quem faz as coisas por conta própria. E aí eu pergunto: cadê o consumo adequado de proteínas e gorduras boas, tão importantes para garantir a saciedade? E a qualidade desse carboidrato? Já parou pra pensar nisso?

A verdade é que as seções diet/light dos supermercados estão cada vez maiores, mas viver de bolacha [ou biscoito? rs] “integral”, “sem glúten e sem lactose” no café, almoço e jantar não é a solução para o seu sobrepeso. [#ficaadica] Alimentos industrializados costumam ter ingredientes escondidos que prejudicam sua saúde. E aqui vai mais uma boa dica: aprenda a ler os rótulos do que está colocando no carrinho.

Isso sem falar que essa alimentação monótona não é sustentável a longo prazo. E considerando que vivemos num país culturalmente tão rico e naturalmente diverso, com uma variedade tão grande de frutas, hortaliças, ervas, temperos… que tal desembalar menos e descascar mais?

Além de tudo, dietas com muita restrição calórica (salvo raras exceções) e com consumo inadequado de proteínas promovem maior perda de massa magra e queda na taxa de metabolismo basal. Elas podem até te fazer perder peso num primeiro momento, mas irão prejudicar seus resultados no futuro. Você entrará num ciclo de perda e reganho de peso, o famoso [e temido] “efeito sanfona”.

Por tudo isso, é tão importante que a sua dieta seja prescrita por um profissional habilitado e que seja personalizada para o seu objetivo e a sua realidade. Nada como alguém capacitado que nos conhece e se dedica a estudar a nossa realidade, não é mesmo?